quinta-feira, 28 de agosto de 2008

É...Perdemos o rumo

Sandra Freire

Isso não se discute. O relógio ganha todas.
A descontração disfarça a falta de tempo. Todos os dias vemos mulheres “arrumadinhas”, para o trabalho ou outros compromissos, com os cabelos ainda úmidos do banho recente_vão secando pelo caminho_ cheirando a shampoo.
E pensar que há cerca de 30 anos ninguém saía sem os cabelos feitos, fosse para onde fosse! Os salões de cabeleireiros eram uma festa nos fins de semana; penteados, maquiagem... E a roupa? JEANS?????????? Jamais. Isso requeria uma produção intensa, com belas blusas, adereços que combinavam com tudo, sapato e bolsa, sempre conjunto, é claro.
Hoje saímos de uniforme: jeans, camiseta e tênis. Para onde? Cinema, teatro, boate, faculdade, barzinho...

Comer. Um sanduíche, batata frita, refrigerante ou o "kilão"? Nos bairros e no centro, principalmente para quem trabalha, os “kilões” se multiplicam. E os males também. Assim como as drogarias. Visão negativa, essa.
Afinal, nunca tantos se dedicaram ao exercício físico. Nos fins de semana as ciclovias estão lotadas de gente caminhando, correndo, andando de bicicleta, jogando futebol. São os atletas de fim de semana sem chuva. Para os chuvosos, temos companhia... Das máquinas, é claro!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Foi Sempre Assim?


Sandra Freire

Não tenho tempo para nada!
Sinal de status? Não, de falta de programação. O que se pode fazer para otimizar o tempo?
Se antes dava tempo para tudo e mais um pouco, tirando-se o “mais um pouco”, sobra tempo para o “tudo”.
Se você tem menos de 50 anos, provavelmente não se lembra, ou até nunca ouviu falar que “antigamente” os homens que trabalhavam fora de casa, voltavam para almoçar, alguns até descansavam e retornavam para o trabalho. Às 18h. o expediente se encerrava e todos voltavam aos lares.

Mas, eu disse menos de 50 anos? São apenas 2 gerações, a idade da maioria dos pais de quem tem hoje entre 20 e 30 anos.
Ah, mas a vida era diferente. Tinha menos gente, menos carros, as atividades demandavam menos tempo. Não existiam celulares, computadores etc. É melhor parar! Corremos o risco de começar a achar que o progresso está tendo um custo muito alto. O custo do nosso lazer e da nossa saúde.
Fica uma reflexão: Em que momento a massa desandou?